quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

N.R.P. SAGRES


O título desta crónica será intrigante para muitos, mas saudade para outros, e todos, todos, ou quase todos o conhecem.

Desvendemos o mistério Navio da República Portuguesa Sagres, pois claro, já se lembram.



Ás vezes, mesmo muitas vezes, temos, a menos de uma légua, coisas belas que são admiradas, além mar, e que não visitamos, por comodidade, por desleixo, porque fica para depois, do...depois e do sempre.

Falo por mim e ... por alguns.

O navio Escola Sagres é um dos veleiros mais famosos no panorama marítimo, com escala em portos  famososo de todo o Mundo.

Pois é, para o visitar tive vir para Timor-Leste, senão, não sei quando pisaria as escadas de acesso ao porão.





E lá fui, mais um dos milhões que tiveram o privilégio de visitar.

Como prenda de Natal, visitem o Sagres, em Lisboa, porto em que vai atracar, quase no dia de Natal.

O veleiro Sagres aportou a Dili, em meados de Setembro, e antes de abrir as portas ao público em geral, embarcou jovens marinheiros e oficiais de Timor-Leste, aos quais proporcionou, com certeza, conhecimentos em artes de navegar em todos os mares e oceanos, apesar deste ser Pacífico.

Bem, vamos às imagens, se não têm hipótese de algum dia o visitar, então, é a minha prenda de Natal.






Para os que já tiveram o privilégio de pisar o madeirame, esbelto, bem conservado e limpo, será saudade.




As visitas são recebidas formalmente com a saudação militar adequada.




O leme, lembram-se do homem do leme, já está velho... mas quer continuar a navegar... em águas paradas, que não agitamos e vivemos no marasmo da esmola europeia.

Na Sagres, o leme é duplo e é manobrado por 4 valentes marujos, sob o comando do oficial dia.




Caras bonitas visitaram a Sagres, uma canadiana, uma brazuca e uma americana.



O navio Sagres é um embaixador itenerante por tudo o Mundo e presta serviço à ciência e a Portugal.

Nesta viagem de circum-navegação transporta vinho para se estudar o seu comportamento biológico  em tão difíceis condições.

A imagem é a prova disso.

Não se sabe quando será comercializado tão afamado nectar.

Já agora, vamos contar duas versões do Torna Viagem, a empresa dona da marca tem uma versão, outros têm outras.

Eu, relato a opinião da empresa que, ouvi na tv, quando a Sagres estava em Díli e de opiniões diversas, nomeadamente, da net.

A empresa sustenta que, quando os navios chegavam ao seu destino e o importador, por qualquer motivo, não recebia o vinho, o mesmo regressava, pela mesma via, ao exportador.

Outras versões dizem que o vinho era devolvido no destino, porque, naquela época, perdia qualidades quando passava o Equador.

Quem tem razão?

O que consta é que, quando o líquido preferido de Bacu, passa duas vezes o Equador, a sua qualidade é elevada sem explicação. 

O Marco diz que o Torna Viagem é fabuloso, eu nunca provei.

Pode ser que alguém da empresa tenha conhecimento da Ilha do Crocodilo  me satisfaça a minha curiosidade.

No dia seguinte a Sagres, pontulmente, às 9 horas da manhã, ligou os motores auxiliares e rumou no sentido de Líquiça.


Encontrou vento favorável, virou a estibordo, enfunou o velame e lá foi navegando em direcção à Ilha de Atauro.


Seguiu a sua rota e o meu coração ficou triste, com saudades, de tudo ...e de nada...

No horizonte longínquo do oceano Pacífico, um ponto branco diluiu-se no mar de coral, talvez observado com desvelo pelo "corcodilo" da Ilha do Crocodilo.

Meus amigos sejam felizes e até 2011.



 

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