Em 4 de Setembro de 2010, por motivos profissionais, mais alguns colaboradores da empresa onde trabalho, há quase três décadas, viajámos até ao Oecusse.
Oecusse também conhecido por Oe-Cussi Amlenu (em tétum), é um dos 13 Distritos Administrativos em que Timor-Leste está dividido.
O Oecusse, tem uma área de 815 Km2 e, segundo dados de 2004, era habitado por cerca de 58.000 cidadãos, com uma densidade populacional de 71,7 almas por km2.
A sua capital é Pante Makasar, que no tempo da ocupação portuguesa era conhecida por Vila Taveiro.
O Oecusse, segundo alguns historiadores, foi visitado por caravelas portuguesas, poucos anos depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia por…, claro Vasco da Gama, em 1498.
Referem, que tal visita ocorreu entre 1510 e 1512, conforme relatos de cronistas da época, contudo, só em 1556, os portugueses assentaram arrais em Pante Masacar, sendo por isso considerado, o Oecusse, como o berço de Timor.
Desde aquela data, que o controle económico e geopolítico era disputado pelos portugueses e holandeses, duas potências coloniais do Oriente, naquela época.
O conflito foi sanado, em 1859, com a assinatura do Tratado de Lisboa, que dividiu a Ilha do Crocodilo em duas partes, cabendo a porção leste e o enclave de Oecusse a Portugal, com capital em Dili e o restante território para à Holanda, cuja capital era, e é, Kupang.
O tratado da divisão da Ilha de Timor manteve a sua competência, mesmo quando a Indonésia se tornou independente, de pleno direito da Holanda, em 1949.
O enclave de Oecusse foi, curiosamente, o primeiro território a ser invadido pela Indonésia, em 29 de Novembro de 1975, no processo de ocupação de Timor-Leste, até ao ano de 1999, data em que foi realizado o referendo, ganho pelas forças partidárias da independência desta jovem Nação.
O Oecusse ficará na minha memória como uma das experiências emotivas que tiveram origem nas visões do grego Ícaro.
Só que o “Brad” um trintão AUSI (australiano) não tinha asas de cera, mas sim um mono motor, o VH-TMX, concepção australiana e motor americano, que nos permitiu efectuar cada viagem (ida e volta) em cerca de uma hora.
Talvez um dia experimente ir ou regressar de barco, no “Berlin Nokroma” ou viajar de “Jeep” e possa relatar a experiência, ao que parece mais, diversa, movimentada e extenuante.
A viagem decorreu à beira-mar onde apreciámos o relevo, os rios e praias inexploradas, ao longo de kms, onde as ribeiras, imprevisíveis, matizam na sua foz o mar de cores, pardas, cinzentas, acastanhas e outras indefenidas.
Eu, no lugar de co-piloto, podia ver a rota e ouvir, os contactos do "Brad" com as torres de controle de Bali e de Kupang.
Frases em código, Victor Hotel Tango Mike XisRay "calling waiting for"ou dando a nossa posição...
As letras maiúsculas identificam a aeronave perante os controladores aéreos.
A certa altura, no regresso, talvez por uns dez minutos, perdemos o contacto com as torres de controle e sobrevoámos as terras de Indonésia, com mar à vista.
Aterrámos, em perfeitas condições na pista de terra batida de Oe-Cussi Amlenu, mesmo ao lado do Oceano Pacífico.
Não havia nada do género.
Comprámos gula mera, umas formas triangulares, arredondadas, ligeiramente duras e doces, um subproduto proveniente da extracção do suco da palmeira, da qual fazem, também, uma espécie de bebida alcoólica que, ainda, não tive oportunidade de provar
Através da nossa intérprete, consegui tirar umas fotografias a uma vendedora de tangerinas, bem docinhas por sinal, por contrapartida de um USD.
O interesse do retrato era captar, a cor dos lábios e dos dentes que estavam tingidos de um vermelho vivo resultante de um produto vegetal que mastigam ao longo do dia.
Não pode ser, porque o avião era necessário para evacuar um doente para Dili.
Oecusse também conhecido por Oe-Cussi Amlenu (em tétum), é um dos 13 Distritos Administrativos em que Timor-Leste está dividido.
O Oecusse, tem uma área de 815 Km2 e, segundo dados de 2004, era habitado por cerca de 58.000 cidadãos, com uma densidade populacional de 71,7 almas por km2.
A sua capital é Pante Makasar, que no tempo da ocupação portuguesa era conhecida por Vila Taveiro.
O Oecusse, segundo alguns historiadores, foi visitado por caravelas portuguesas, poucos anos depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia por…, claro Vasco da Gama, em 1498.
Referem, que tal visita ocorreu entre 1510 e 1512, conforme relatos de cronistas da época, contudo, só em 1556, os portugueses assentaram arrais em Pante Masacar, sendo por isso considerado, o Oecusse, como o berço de Timor.
Desde aquela data, que o controle económico e geopolítico era disputado pelos portugueses e holandeses, duas potências coloniais do Oriente, naquela época.
O conflito foi sanado, em 1859, com a assinatura do Tratado de Lisboa, que dividiu a Ilha do Crocodilo em duas partes, cabendo a porção leste e o enclave de Oecusse a Portugal, com capital em Dili e o restante território para à Holanda, cuja capital era, e é, Kupang.
O tratado da divisão da Ilha de Timor manteve a sua competência, mesmo quando a Indonésia se tornou independente, de pleno direito da Holanda, em 1949.
O enclave de Oecusse foi, curiosamente, o primeiro território a ser invadido pela Indonésia, em 29 de Novembro de 1975, no processo de ocupação de Timor-Leste, até ao ano de 1999, data em que foi realizado o referendo, ganho pelas forças partidárias da independência desta jovem Nação.
O Oecusse ficará na minha memória como uma das experiências emotivas que tiveram origem nas visões do grego Ícaro.
Só que o “Brad” um trintão AUSI (australiano) não tinha asas de cera, mas sim um mono motor, o VH-TMX, concepção australiana e motor americano, que nos permitiu efectuar cada viagem (ida e volta) em cerca de uma hora.
Talvez um dia experimente ir ou regressar de barco, no “Berlin Nokroma” ou viajar de “Jeep” e possa relatar a experiência, ao que parece mais, diversa, movimentada e extenuante.
A viagem decorreu à beira-mar onde apreciámos o relevo, os rios e praias inexploradas, ao longo de kms, onde as ribeiras, imprevisíveis, matizam na sua foz o mar de cores, pardas, cinzentas, acastanhas e outras indefenidas.
Frases em código, Victor Hotel Tango Mike XisRay "calling waiting for"ou dando a nossa posição...
As letras maiúsculas identificam a aeronave perante os controladores aéreos.
A certa altura, no regresso, talvez por uns dez minutos, perdemos o contacto com as torres de controle e sobrevoámos as terras de Indonésia, com mar à vista.
Aterrámos, em perfeitas condições na pista de terra batida de Oe-Cussi Amlenu, mesmo ao lado do Oceano Pacífico.
Várias imagens de filmes e de fotografias reavivaram-se na minha memória quando o vi do ar e aterrámos no dito aeroporto.
Realizaram-se as tarefas previstas e fomos, ao mercado semanal, ver se poderíamos comprar peças de artesanato, ou mesmo velharias típicas da região.
Não havia nada do género.
Comprámos gula mera, umas formas triangulares, arredondadas, ligeiramente duras e doces, um subproduto proveniente da extracção do suco da palmeira, da qual fazem, também, uma espécie de bebida alcoólica que, ainda, não tive oportunidade de provar
Através da nossa intérprete, consegui tirar umas fotografias a uma vendedora de tangerinas, bem docinhas por sinal, por contrapartida de um USD.
O interesse do retrato era captar, a cor dos lábios e dos dentes que estavam tingidos de um vermelho vivo resultante de um produto vegetal que mastigam ao longo do dia.
Quando estava pronto para conseguir a foto limpou, com as costas da mão, os lábios e lá se foi a maior parte do efeito colorido.
No nosso plano de estadia, tínhamos previsto visitar o padrão que assinala o local, onde desembarcaram, pela primeira vez os intrépidos navegadores portugueses.
Não pode ser, porque o avião era necessário para evacuar um doente para Dili.
Regressámos à capital, sem termos almoçado, mas com o dever cumprido e tentando ajudar uma pessoa que algures esperava por socorro.