sábado, 18 de setembro de 2010

BALI 3 - KUTA

No dia seguinte, a manhã foi dedicada à compra de um, aliás, dois polos da "POLO" lançados para o mundial de "foot in RSA" com a bandeira portuguesa.

Um era encomenda do Marco, o meu vizinho, que não conseguiu encontrar a sua medida, quando esteve em Bali.

Não sei quantas lojas visitei, mas consegui, um para cada um de nós.

Enquanto, deambulava pelas ruas, fui abordado pelo Sr. Gusti Ketut Wana que se propunha levar-me no seu carro particular, a diversos lugares turísticos, mediante uma determinada importância, que considerei elevada, para se fazer negócio.

Manifestei-me desinteressado da proposta.

Lá fui observando centenas de lojas, ou talvez milhares, rua acima, ofereceram-me todos os tipos de produtos e serviços, mesmo matinais...

Finalmente comprei os ditos "POLOS" e, de regresso ao hotel, encontro de novo, o Sr. Gusti Ketut Wana, e fechámos o negócio, para me levar, toda a tarde, a visitar lugares considerados turísticos.

Bem, lá entrei na viatura, um odor não identificado, baralhou os meus sentidos.

Surpreendido, olhei para o lado direiro do tablier (recordo que no oriente a condução à esquerda, habituamos-nos rapidamente), e o que vejo?

Cinco cestos, com oferendas a Divindade(s) Hindu(s) que exalavam o olor, acima referido.

Gentilmente, abri o vidro e disse ao Sr. Gusti Ketut Wana, que gostava de viajar com os vidros abertos para...spreading fresh air.

Percebem porquê?...

Para início da rota turística, escolhi o Templo Pura Luhu Uluwatu que pode ser visitado por agnósticos e praticantes, ou não, de outras religiões.

Paguei as 3.000 rúpias da entrada e tive de usar uma espécie de saia azul e, um cinto amarelo, cores que presumo, são do agrado das divindades.

No parque de estacionamento observo uns simpáticos símios cinzentos, comendo e realizando, as macaquices do costume.


Ultrapasso o portão da entrada e, desço por uma álea de árvores que conduzem ao templo.



Mais símios, saltitam, de um lado, para outro.

Como estava só, aguardei que um bando de primatas prosseguisse o seu caminho, liderados por um patriarca.

Com precaução, subi alguns lanços de escadas e tirei as primeiras fotogafias do promontório, onde o templo se situa.







De repente, sinto uma leve pressão nas costas e os óculos, como magnetizados, saltaram da minha face.

Virei-me, e o que vejo, um antipático símio, de média estatura, a mordiscar as minhas lentes progressivas, a desmontar a armação e, os ditos auxiliares de leitura, num ápice, a ficarem em fanicos.

Eu bem gritava, dá...,dá...dá, mas sem conseguir nada do macaquito.

Não sei como, do nada, surge uma senhora que se aproximou do bicho, lançando-lhe gluseimas em sacos coloridos.

O animal, lá foi, aos poucos, largando os meus preciosos óculos, em peças separadas e, julguei eu, prontos para a sucata.

Claro que tive de pagar pelo resgate das lentes e das hastes dos óculos à tão corajosa benfeitora.

Ainda, não estava refeito do meu ataque já um turista brasileiro, ficará sem os seus óculos de sol.

A intervenção da intrépida senhora e dum monge permitiu a recupeação dos mesmos, sem qualquer estrago, claro que houve mais uma contribuição monetária para a causa.

Então o que se passa no Templo Pura Luhu Uluwatu?

Funciona uma economia de mercado, uma espécie de SA, os macacos roubam os óculos aos visitantes, a senhora lança-lhe glusiemas, ganha rúpias que divide com os monges e claro o comércio local, também lucra, com as vendas dos produtos para os macacos. 

Então, que fazer?

Onde houver macacos, tomem cautela com os óculos, ou outros objectos brilhantes, porque à entrada do parque, ou na bilheteira nada dizem sobre as precauções a ter.

O negócio está primeiro.

A harmonia do macaco, da salvadora dos óculos e dos monges.
 Como era domingo e, no outro dia regressava de manhã cedo, pedi ao Sr.Gusti Ketut Wana que me levasse a uma óptica, para  reparar os óculos tão habilmente desmontados.

Das que ele conhecia estavam fechadas, azar o meu.

Nesse trajecto, vejo o Carefour, lá fomos, e consegui a reparação dos ditos, os quais me têm permitido trabalhar e partilhar estas linhas com os meus amigos.

Com este precalço que tive lucrou também, o Sr. Gusti Ketut Wana, que fez poucos kms, pois eu já não tinha disposição para viajar e ter mais surpresas.

Fui para o Hotel.

Mudei de roupa e fui para a praia, ver as ondas no seu movimento ritmado, cíclico e pachorrento.

As crianças brincavam, alguns adultos jogavam à bola, outros corriam, liam, passeavam, pensariam em qualquer...nada..., do seu imaginário.



Lembram-se de eu ter dito que do Por do Sol, falaria mais tarde.

Todos os sítios têm, um ocaso do astro rei, mais ou menos bonito.

Depende de como é vendido o produto.

 O de Ibiza é famoso, os africanos, que não conheço têm fama e os de Portugal, não?

Apreciem, então imagens de fim de Agosto de 2010, em Kuta Beach.


Um dia, talvez, consiga imagens de lugares distantes e  aqui tão perto, que poderão causar surpresa.

Hoje não tenho.

Assim, acaba a 1ª viagem a Bali.

Oxalá, que tenham gostado.


















1 comentário:

  1. fiquei com pena do meu amigo, ter que usar uns óculos tortos por causa dos símios ahahahahhahasó a ti ahahah para 1ª vez em Bali nao esteve mal

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